Pesquisar este blog

segunda-feira, setembro 29, 2008

De volta...


Retorna-te a ti mesmo. Conhecer-se é desnecessário, inócuo, mero claustro de convicções e certezas malemolentes, dóceis à piedade, ao enfado, à apatia. Estar consigo: eis o exercício mais visceral. Contemplar-se entricheirado em conceitos, aninhado em filosofia estrangeiras, absorto em transes psicanalíticos ou feito peso em corpos e dores alheias nada mais é do que ocultar-se de si, ver-se como um objeto, algo colocado sob uma placa pétrea, um vaso de raridade intocável, cuja textura jamais sentiremos. Conhecemos cadáveres, histórias, deuses. O que está vivo não se submete às certezas. O que vive baila, tripudia, sucumbe, fenece, passa.. Habita-te.

Um comentário:

Missial disse...

Mas... se nos conhecermos será bastante útil, pois poderemos compreender o que somos, sentimos. Se nos vermos como objeto não seremos nós. Enquanto tentamos nos entender, o sr. vem com essa de que isso é desnecessário...