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sábado, julho 16, 2011


Descanse, ó mente, descanse...
Que os pensamentos se apartem de ti esta noite.
Deixa o corpo reinar sobre nós.
Permita que pele se incedeie,
Crepitando em cinzas qualquer idéia ou memória.

Adormeça, ó mente, adormeça...
Repouse teus desesperos,
Silencie tua razão.
Como luz, agora te calarás.
Serás inundada do frescor da pele ébria de suor

Apazigue-se, ó mente, apazigue-se...
Teus meandros tornar-se-ão alcovas.
De tuas leis escarneceremos.
Se não podes, apenas ignore.
O desejo só requer teu silêncio para desabrochar.

Sonhe, ó mente, sonhe...
Acordados estão meus olhos.
Contemplarei os becos com as pontas dos dedos.
Cada corpo incauto enxergarei na língua,
E meu torso lerá tecido e carne que o tocar.

Mergulhe, ó mente, mergulhe...
Segure teu fôlego e não ouses voltar.
Fica-te em segredo em algum canto embrumado.
Se pareceres afogar, aquieta-te.
Terás a eternidade para vingar-te de mim.

2 comentários:

Karina Ramos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Karina Ramos disse...

Fabuloso.
Indecente,envolvente e fabuloso.