Alguns momentos são como pedaços perdidos de nós mesmos, cuja ausência desconhecíamos. Julgando-nos plenos esquecemo-nos precários, inconclusos, seres em aberto. Foi essa a sensação que tive hoje ao assistir ao magnífico "A Insustentável Leveza do Ser", baseado na obra homônima de Milan Kundera. Ainda deitarei meus olhos preguiçosos sobre as páginas desse livro e intento fazê-lo um pouco mais leve do que sou agora.Existir é um ato insuportavelmente leve. Tão solto. Tão livre. Tão disperso no ar que passamos a maior parte de nossos parcos instantes de viventes no ignóbil ato de forjar lastros, com o ingênuo intuito de que essas amarras nos obrigarão à imobilidade dos amores eternos, das promessas de terras etéreas, das exigências estúpidas que imputamos à vida.
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